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domingo, 27 de fevereiro de 2011

livro Coração de Pedra

de Charlie Fletcher

Adolescente provoca guerra mitológica eletrizante  
Novo escritor inglês narra uma fascinante viagem ao passado de Londres e é apontado como o legítimo sucessor de J.K. Rowling

Ele vem sendo apontado nada mais nada menos como o sucessor de J. K. Rowling no coração dos adolescentes que adoram aventuras eletrizantes. E é com uma história realmente eletrizante – a série Coração de Pedra, que se estenderá por três livros – que o inglês Charlie Fletcher, um homem do cinema, estréia na literatura para adolescentes.

Vejamos: com raiva do professor que o puniu injustamente durante uma visita ao Museu de História Natural, em Londres, George Chapman, um garoto de 12 anos, decepa com um murro a cabeça de um dragão de pedra – um gárgula – do pórtico do museu. Tem início então uma guerra entre estátuas mitológicas (o mal) e estátuas de seres humanos (o bem), e uma frenética e fascinante viagem ao passado da cidade de 2 mil anos.

Depois de ter colocado no bolso a cabeça do dragão, do tamanho de seu punho, George é perseguido por Pterodáctilo, réptil do tamanho de uma pomba com os dedos unidos por membranas e dentes afiados e pontudos, que se soltou da fachada do museu e o olhava fixamente com ódio e fome.

E isso é só o começo: Coração de Pedra, lançado agora no Brasil pela Geração-Ediouro, em tradução de Lidia Cavalcante Luther, tem não apenas linguagem ágil, fácil e cativante; a história, de perder o fôlego, mas ao mesmo tempo divertida, tem adrenalina suficiente para despertar o interesse dos órfãos do bruxinho que nos últimos anos cativou crianças e adolescentes no mundo inteiro.

Na fuga desenfreada, George chega a parar de respirar de tanto susto e corre o risco de ser atropelado na rua, mas ninguém vê do que ele foge. Na calha ornamental de um prédio, salamandras começam a se mover. A perseguição de Pterodáctilo continua. “Dizem que nunca se está mais sozinho do que no meio de uma multidão, mas estar sozinho no meio de uma multidão, enquanto se é perseguido por uma coisa monstruosa sem que ninguém perceba, é muito pior”, escreve o autor.

O garoto é salvo pela estátua do Artilheiro do Memorial de Guerra, que abate Pterodáctilo com vários tiros de revólver. Assustado, George agradece. Uma voz sepulcral sai da garganta do Artilheiro: “Me agradeça quando chegar ao fim, amigo”. Para reparar seu erro e restabelecer a paz, George tem que colocar a cabeça do dragão no Coração de Pedra. Mas, para isso, claro, ele precisa descobrir que coração é esse.

Para encontrar o Coração de Pedra, George Chapman conta com a ajuda de uma nova amiga, Edie, uma garota de “cabelos brilhantes cor de berinjela”, de dureza de expressão e determinada – ela não se importava com pequenas questões da vida. “Sua expressão era a de um rosto firme na perseguição de alguma coisa grande”, escreve Charlie Fletcher.

Da mesma forma que George, Edie vê os seres mitológicos. Mas, diferente dele, ela consegue ficar invisível, quando quer passar incógnita. Na busca do Coração de Pedra, “uma coisa preciosa”, eles lançam mão do Dicionário, que lhes ensina o significado de palavras importante para prosseguirem.

Coração de Pedra é uma história por vezes sombria, mas autêntica – as ruas, os lugares e as estátuas do livro existem, estão na Londres real. Charlie Fletcher combina erudição com divertimento e lições, numa prosa cativante e enredo talvez ingênuo, mas verossímil. Coração de Pedra é uma aventura mais do que surpreendente. Fletcher já escreveu para cinema, televisão e jornais. Atualmente o escritor mora em Edimburgo com a mulher, dois filhos e um cão terrier.

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domingo, 27 de fevereiro de 2011

livro Coração de Pedra

Postado por Vanessa Almeida às 07:07
de Charlie Fletcher

Adolescente provoca guerra mitológica eletrizante  
Novo escritor inglês narra uma fascinante viagem ao passado de Londres e é apontado como o legítimo sucessor de J.K. Rowling

Ele vem sendo apontado nada mais nada menos como o sucessor de J. K. Rowling no coração dos adolescentes que adoram aventuras eletrizantes. E é com uma história realmente eletrizante – a série Coração de Pedra, que se estenderá por três livros – que o inglês Charlie Fletcher, um homem do cinema, estréia na literatura para adolescentes.

Vejamos: com raiva do professor que o puniu injustamente durante uma visita ao Museu de História Natural, em Londres, George Chapman, um garoto de 12 anos, decepa com um murro a cabeça de um dragão de pedra – um gárgula – do pórtico do museu. Tem início então uma guerra entre estátuas mitológicas (o mal) e estátuas de seres humanos (o bem), e uma frenética e fascinante viagem ao passado da cidade de 2 mil anos.

Depois de ter colocado no bolso a cabeça do dragão, do tamanho de seu punho, George é perseguido por Pterodáctilo, réptil do tamanho de uma pomba com os dedos unidos por membranas e dentes afiados e pontudos, que se soltou da fachada do museu e o olhava fixamente com ódio e fome.

E isso é só o começo: Coração de Pedra, lançado agora no Brasil pela Geração-Ediouro, em tradução de Lidia Cavalcante Luther, tem não apenas linguagem ágil, fácil e cativante; a história, de perder o fôlego, mas ao mesmo tempo divertida, tem adrenalina suficiente para despertar o interesse dos órfãos do bruxinho que nos últimos anos cativou crianças e adolescentes no mundo inteiro.

Na fuga desenfreada, George chega a parar de respirar de tanto susto e corre o risco de ser atropelado na rua, mas ninguém vê do que ele foge. Na calha ornamental de um prédio, salamandras começam a se mover. A perseguição de Pterodáctilo continua. “Dizem que nunca se está mais sozinho do que no meio de uma multidão, mas estar sozinho no meio de uma multidão, enquanto se é perseguido por uma coisa monstruosa sem que ninguém perceba, é muito pior”, escreve o autor.

O garoto é salvo pela estátua do Artilheiro do Memorial de Guerra, que abate Pterodáctilo com vários tiros de revólver. Assustado, George agradece. Uma voz sepulcral sai da garganta do Artilheiro: “Me agradeça quando chegar ao fim, amigo”. Para reparar seu erro e restabelecer a paz, George tem que colocar a cabeça do dragão no Coração de Pedra. Mas, para isso, claro, ele precisa descobrir que coração é esse.

Para encontrar o Coração de Pedra, George Chapman conta com a ajuda de uma nova amiga, Edie, uma garota de “cabelos brilhantes cor de berinjela”, de dureza de expressão e determinada – ela não se importava com pequenas questões da vida. “Sua expressão era a de um rosto firme na perseguição de alguma coisa grande”, escreve Charlie Fletcher.

Da mesma forma que George, Edie vê os seres mitológicos. Mas, diferente dele, ela consegue ficar invisível, quando quer passar incógnita. Na busca do Coração de Pedra, “uma coisa preciosa”, eles lançam mão do Dicionário, que lhes ensina o significado de palavras importante para prosseguirem.

Coração de Pedra é uma história por vezes sombria, mas autêntica – as ruas, os lugares e as estátuas do livro existem, estão na Londres real. Charlie Fletcher combina erudição com divertimento e lições, numa prosa cativante e enredo talvez ingênuo, mas verossímil. Coração de Pedra é uma aventura mais do que surpreendente. Fletcher já escreveu para cinema, televisão e jornais. Atualmente o escritor mora em Edimburgo com a mulher, dois filhos e um cão terrier.

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